Nossa atleta vai contar como está sendo sua rotina de treinos após o diagnóstico de covid. O texto está muito interessante, espero que façam uma boa leitura:
… “Comecei a apresentar os sintomas da doença no dia 03/5, febre baixa, dor de cabeça, dor na garganta, diarréia, astenia, falta de apetite. Esse quadro cursou por 10 dias, assim de forma leve mas persistindo com dor de cabeça, dor na garganta e uma certa indisposição. No dia 10 da doença apresentei uma dor muito forte no braço direito, na altura do bíceps, foi feita uma avaliação através de exames de dopller e ultrassonografia Confirmado um adenite, que é inflamação em um gânglio. No dia seguinte tive uma urticária reativa na região abdominal e nas costas toda a sintomatologia desapareceu à partir do décimo terceiro dia, fiquei em quarentena por 21 dias, por orientação médica devido a esses sintomas do final. Fiz o exame do PCR pra Covid-19 no quarto dia da doença (sub nasal e de orofaringe) que deu positivo.
Após esse período de “quarentena” e já me sentindo melhor voltei a treinar de forma leve, pouco volume sob a orientação de Vanuza. Correr de máscara no início foi bem difícil.
Esse retorno aos treinos aconteceu no início de junho.
Com treinos de corrida e exercícios funcionais prescritos pela assessoria.
No dia 4/7 fiz um longo de 15 km, terminei muito bem o treino, mas no dia seguinte os mesmos sintomas da virose voltaram a aparecer.
Não sei se foi uma recaída ou uma reinfecção, não temos respostas pra essa pergunta, o fato é que repeti o PCR e novamente positivou, fiquei emocionalmente abalada, tive medo da primeira vez e dessa segunda vez ainda mais, apesar dos sintomas só permanecerem durante 04 dias.
Mas aí não teve saída, outro período de quarentena de 14 dias e suspenso os treinos novamente, nessa fase aqui na minha cidade os casos de coronavirus estavam em alta, muitos pacientes graves, e muitos óbitos isso assustou muito. Retomei mais uma vez os treinamentos no dia 27/7 e daí em diante não parei mais.
Ainda não consegui recuperar o pace, mas já estou adaptada à correr de máscara, estou mais confiante e já consigo realizar os treinos longos. Nesse período Perdi 04 kg, fiquei 4 meses sem trabalhar no consultório e com os treinos interrompidos, fora toda a inquietação que afetou todo mundo. O pior da doença é o medo de agravar! Agora estou bem! Voltar aos treinos é muito bom!
Eu não tive acometimento pulmonar, mas o pânico realmente acontece. Por vezes achava que não estava respirando normal, mas eu sabia que era um mix de medo com falta de condicionamento. Tenho medo quando estou treinando e avisto alguém sem máscara, nessa hora troco o lado da via, tenho corrido na faixa de praia nos finais de semana, acho que é mais arejado. Não fazia isso antes da pandemia Essa doença é muito louca, tem dias que tenho coriza e espirro muitas vezes, também não tinha nada disso antes. Quando acontece o medo reativa mas estou treinando, funciona pra mim como um remédio. Tive todos os meus exames laboratoriais alterados no curso da doença mas posso dizer que quanto a segurança na hora de treinar de zero a dez… Estou em 8 também estou fazendo uns exercícios respiratórios, para diminuir a ansiedade. Aonde fui infectada; realmente não sei dizer. Só posso dizer que saí dessa e me sinto muito mais forte e capaz agora”.
Ficamos muito felizes com sua rotina Margot, obrigada por compartilhar conosco essa experiência que sabemos que deixou você mais forte!